Ciao!!!
Tentando resumir esse livro: tem Ian de ponta a ponta; muita confusão
entre século 19 e século 21; maldição, gente chata e uma protagonista cujas
peripécias me fizeram resgatar uma lembrança de infância
Encontrada: à espera
do felizes para sempre – Carina Rissi – Verus
(2014)
Personagens: Sofia Alonzo, Ian Clarke e sec. 19 x sec. 21
Sofia conseguiu voltar para o séc 19, onde pertencia, ao lado de Ian. O
problema é que amá-lo incondicionalmente não era garantia instantânea de
felicidade. Adaptar-se ao século 19 estava sendo mais difícil que ela imaginou,
porque existiam regras de conduta a serem respeitadas e uma série de mortes
estranhas de recém-casadas paira sobre eles. E na base do jeitinho e do amor,
Sofia e Ian enfrentam os problemas tentando evitar que eles os separem de
novo...
Comentários:
- Ao longo da leitura e deste post, tudo que consigo pensar é em fazer um
clipe das maluquices da Sofia ao som desta música (desculpe aos que não foram criança nesta época, mas tem uma turma aí que
vai entender a referência). Ela continua na vibe “Bridget Jones”, desta vez, às
vésperas do casamento, dois séculos antes e completamente impulsiva. Tem horas
que se ela simplesmente parasse e deixasse as coisas acontecerem, era capaz de
não dar tanta confusão. Só que ao agir excessivamente – entenda-se: correr para
a confusão de braços abertos -, ela consegue desencadear uma sequência de fatos
que escapam ao controle e só complicam... Pois é, justifica a música que eu
indiquei ali, né?
- Temos o choque de séculos com a anestesia improvisada (a cena é
hilária), a tristeza com a perda de um relógio (que é o pontapé inicial para
uma das confusões envolvendo Sofia), um improviso já realizado no livro
anterior continua aqui e vira uma solução de uma das confusões e acaba
complicando e criando outra confusão na vida da protagonista. A falta de
informação dela sobre como era a vida de uma jovem no século 19 e isso só serve
para, adivinha, mais trapalhadas, seja em casa, no convívio social e até mesmo
no próprio casamento. Para agravar, ela sente o peso de ser “a senhora Clarke”,
seja implicando com o uso do “senhora” que faz qualquer mulher se sentir a
versão feminina de Odin, “mãe de todos” e seja a responsabilidade de ser a
esposa de uma referência na comunidade e a principal responsável pela criação
de Elisa, a cunhada adolescente que a idolatrava. Aliás, neste livro, Elisa tem
uma trama própria que, claro, também vai se cruzar com a jornada atabalhoada de
Sofia.
- Desta vez, surge tia Cassandra, antagonista do estilo “parente mala que
pega no pé, fica caçando defeito e esperando qualquer falha pra atacar”. Ela
desaprova tudo que Sofia faz, fica agindo como dona da casa e faz o possível
para irritar até os personagens dos livros vizinhos. E claro que vai dar
errado. Tem que dar errado, muito errado antes das coisas se acertarem. Neste
caminho, Sofia vai conseguir aliados inesperados, complicações que seriam resolvidas
com uma conversa direta. Só que ela está tão preocupada sem ser perfeita para o
Ian que se esqueceu de que ele a ama do jeito que ela é (sim, tirei esta frase
do Bridget Jones porque também se adéqua aqui, apesar da referência principal da autora ser Orgulho e Preconceito). Porque neste tipo de história, como disse no
post sobre Perdida, quanto mais louca é a heroína, mais perfeito se torna o herói para quem
lê (em alguns momentos, perdi a conta de quantas vezes resmunguei que “Ian é um
santo!³”).
- Então temos Sofia fazendo bobagem a torto e direito, Ian tentando ser
perfeito com a mulher que ama, alguns desencontros comunicacionais, uma tia
muito irritante, uma maldição pairando por ali, algumas curiosidades sobre o modo de
vida da época que eu nunca imaginaria (o detalhe que envolve uma galinha, já na
reta final da história me fez rir). E a forma como a autora resolveu o mistério
da maldição foi coerente e como ela conseguiu fechar um ciclo envolvendo as
duas histórias foi bem divertida. No geral, é gostoso de ler, porque Carina
Rissi escreve muito bem. Pessoalmente, eu teria diminuído a quantidade de trapalhadas da Sofia
(porque é engraçado, mas tem horas que, em leitoras como eu, chega a dar
agonia, do tipo “quero entrar no livro e gritar: PELOAMORDEDEUS, PARA, RESPIRA
E SOSSEGA!!!”). E não importa o que aconteça (e vocês podem imaginar que tem
muita água para passar embaixo de uma ponte de 399 páginas): Ian sempre vale a
pena.
- Só teve uma coisa que eu não gostei: Elisa tocando ARPA. Sério! Escrito
deste jeito! Está na página 352. Pelo amor de Deus, corrijam para as próximas
edições. A
grafia “não ortodoxa” doeu nos meus olhos.
Série Perdida:
- Encontrada: à espera do felizes para
sempre - 2014
- Destinado: as memórias secretas do sr. Clarke - 2015
- Prometida: uma longa jornada para casa - 2016
- Destinado: as memórias secretas do sr. Clarke - 2015
- Prometida: uma longa jornada para casa - 2016
Bacci!!!
Beta
Ah, eu fiquei confusa agora ... Sofia retornou ao século XIX, ao qual pertencia, mas não sabia o que uma garota de século XIX de sua classe social deveria fazer ? Então ela era original de século XXI, não é ?! Uma dupla de romance que está começando a chamar minha atenção. Talvez eu resolvesse comprar esse dueto em breve também se minha bolsinha permitisse mais uma aquisição - um ponto a avaliar ...
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