Ciao!!!
Eu já disse que gosto de livros fofos, né? E que
gosto de livros com jornalistas? E que adoro o jeito como a Marina Carvalho
escreve, né?
Ou seja, claro que eu gostei deste livro *.*
Ah, claro, hoje é dia do jornalista, então não tinha
data melhor para ele aparecer no Literatura de Mulherzinha *.*
Azul
da cor do mar – Marina Carvalho –
Novas Páginas
(2014 – Novo Conceito)
Personagens: Rafaela Vilas Boas, o “menino da
mochila xadrez” e Bernardo Venturini
Rafaela tinha noção de quanta sorte teve ao ser
selecionada para estagiar na Folha de Minas, o maior jornal do estado e
terceiro do Brasil. Prestes a começar o último período da faculdade, era uma
chance imperdível de ganhar experiência no jornalismo esportivo, que ela
gostaria de seguir. O chefão teve a ideia de colocá-la na cola do melhor
repórter do setor, Bernardo, que não gostou nem um pouco da ideia. Restava a
Rafaela lidar com isso, com as consequências das decisões que toma e com as
lembranças de um menino de olhos azuis que ela conheceu quando era uma garota
magrela de férias na praia e nunca esqueceu.
Comentários:
- Sabe quando tudo que você precisa é de um livro
fofo? Pois é, as histórias da Marina Carvalho têm esse dom na minha vida. Tanto
que eu a li em HORAS. Aquela leitura “ah, só uns capítulos” e quando você
percebe fechou o livro... já é madrugada, você precisa dormir porque vai sair
da cama cedo para trabalhar com olheiras dignas de um misto de guaxinim com
panda. E não vai reclamar.
- O livro começa quando a estudante de jornalismo se
torna estagiária do Folha de Minas. Quer se aperfeiçoar no jornalismo
investigativo e recebe a missão de acompanhar o melhor repórter da editoria,
Bernardo Venturini que, de cara, demonstra não estar nada satisfeito em ser
“babá de estagiária”. Os dois não se bicam e isso fica evidente, para
felicidade do pessoal da redação, que gosta de ver Rafaela enfrentando
Bernardo.
- Ela acredita que pode contar com o apoio das
amigas Alice, Sofia e Gisele, nesta jornada. E, até delas, guarda o segredo que
só narra no caderninho com o coala desenhado: a imaginação dela sobre quem
seria o garoto da mochila xadrez, que ela viu numa praia durante as férias em
Iriri, no Espírito Santo. Ela não teve coragem de se aproximar e este mistério
nunca saiu da mente dela.
- Rafaela é bem humorada, desastrada (muito
desastrada, estilo Holly do Um amor de detetive e Kane, dos Senhores do Mundo Sombrio),
desprovida de coordenação motora, que aprendeu a sobreviver como a única menina
entre quatro filhos e com três irmãos mais velhos superprotetores, sendo que
ela mora com dois deles. Ela é a narradora do livro, então é a responsável por
nos prender na história e consegue bem. Não tem como não se identificar com a
sede de viver e de aprender. Dá vontade de puxar a orelha quando ela faz
bobagens (e ela faz uma bobagem tamanho boing 747!!!) e de conversar quando ela
está repleta daquelas famosas dúvidas que a gente não enxerga a resposta nem
quando ela está sambando debaixo do nariz. O livro tem pé na rotina de uma
redação, apesar de dar uma glamourizada básica (licença literária). Uma das
pautas que Rafa e Bernardo fazem juntos, eu não faria de jeito nenhum. Primeiro
porque meu gosto pessoal é mais para comportamento e esporte (apesar de fazer
de tudo) e segundo que, desde aquele episódio da falsa entrevista do PCC ao
programa do Gugu, há empresas que estão reticentes neste tipo de abordagem, mas
depende de linha editorial, né? E o outro aspecto: até agora, das redações que
conheço e nas que trabalhei, não há sósias do Chris Hemsworth trabalhando
#poooooooooooooooxa. Não iria reclamar. Você iria?
- Mas que Bernardo merece uns cascudos pelo,
digamos, “conjunto da obra no pessoal e no profissional”, merece. Não posso
dizer os motivos, afinal de contas, não sou fã dos spoilers. Só digo que,
apesar de lindo (se ele tiver com o visual do Chris no Blackhat,
acredito que a distribuição de babadores seria necessária para manter a
qualidade de vida no recinto), o rapaz tem momentos “liga o ogro e desliga o
príncipe”. Esta vibe “bonitinho, mas ordinário” estressa.
- É fofo, uma delícia de ler e o meu exemplar está
autografado! Lembram quando conheci a Marina no ano passado? Então, os livros
sobre a Ana foram autografados para #madrehooligan. O da futura jornalista foi
para mim. #ostentando
- Em entrevista ao Recanto da Mi (só leia depois de ler Azul da cor do mar para não ter spoilers), a
Marina contou que está escrevendo A menina dos olhos molhados, que está
relacionado, oferece outro ponto de vida e mais informações sobre este livro.
Já está na lista!!!
Links: Goodreads autora e livro; site da autora , mais sobre ela no Literatura
de Mulherzinha.
Bacci!!!
Beta
Ok, eu simpatizei com essa premissa dessa história, sem ter qualquer certeza instintiva de que aquele menino seria seu jornalista babá realmente. Seria muito legal se fosse ele, mas eu não sei se sua autora seria tão óbvia. Eu não tenho irmãos mais velhos superprotetores e tenho certeza de que eu adoraria passar por essa experiência, mas eu sou primogênita em minha família (há séculos e sem perdão !!!).
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