Ciao!!!
Tentem entender: li o livro em SETE horas neste domingo.
E posso adiantar para vocês: atendeu as minhas
expectativas.
No
mundo da Luna – Carina Rissi –
Verus
(2015)
Personagens: as peripécias de Luna Braga
Luna Lovari Braga é recém-formada em jornalismo e
trabalha na Fatos&Furos como
secretária à espera da grande chance, o momento em que seria descoberta e
ganharia um espaço – qualquer espaço – na revista. Para isso teria que ser
notada pelo chefe, Dante Montini, que não sabia o nome dela, e superar a maré
ruim que estava enfrentando na vida pessoal. Por causa da crise e do ataque
incisivo de uma concorrente, a revista perdeu profissionais e Luna terminou
incumbida de escrever o horóscopo. E quem diria que isso tiraria do prumo a
vida dela – e de um monte de gente?
Comentários:
- Li os três livros de Carina, o Procura-se um marido (o meu favorito) e o dueto Perdida-Encontrada.
Por isso, já estou um tantinho acostumada com o estilo da autora: comédia
romântica, humor, garota jovem em momento decisivo se depara com a tensão e as
exigências do mundo adulto cruel e encontra (apoio/oposição) em amigos e um
homem.
- Luna tem 25 anos e trabalha como secretária em uma
revista. É jornalista formada e gostaria de ter a grande chance de trabalhar na
redação, não como “menina de recados”. Após duas saídas, ela se torna incumbida
de escrever o horóscopo, algo que ela ODEIA, porque, afinal de contas, quem é
doido de acreditar nisso? Mas como chance é chance, vai a uma loja de produtos
esotéricos, compra um baralho cigano e a partir da interpretação que faz das
cartas, somada ao estilo único de escrita, cria as previsões... E para surpresa
dela, que não acredita em nada disso, se torna um sucesso porque o que ela
escreve, bem ou mal, acontece.
- Depois de ter sido traída pelo namorado,
finalmente, Luna se interessa por alguém, leva uma rasteira do destino. Em um
encontro previsto com um homem que a atraía, por uma reviravolta, ela termina
encontrando outro, totalmente inesperado e imprevisto. E é com ele que surge
uma “coisa” que ambos não conseguem definir e controlar. Em vários momentos,
eles serão surpreendidos e confundidos por algo que não conseguem entender e,
por causa disso, reagem bem, mal ou catastroficamente um ao outro.
- Estou tentando não dar spoilers, porque sabia o
mínimo possível antes de ler, o que me deixou curtindo a leitura e lidando com
as minhas próprias expectativas em conhecer a Luna. Ela é uma jovem que ainda
está, de certa maneira, descobrindo a própria identidade (já que, por causa do
histórico familiar, possui um conflito que precisava resolver) e ainda
dependente da avaliação e aprovação dos outros (sim, ela surta olimpicamente ao
se dar conta de que não é magra e esbelta como uma top model, mas, basta dar uma olhada ao redor para perceber que a maioria
das mulheres também não é!). Sua maturidade emocional, amorosa e profissional
ainda não se firmou, por isso, está sujeita ao ataque impiedoso da insegurança.
- Amei Bia e Fernando (posso contar que li todas as frases dele com sotaque?). Gostei (mas não em todo o livro. Filha, que piti foi aquele na reta final? FALA SÉRIO!) Sabrina e o "príncipe-sapo" Lúcio (ALERTA RUIVO DETECTED!!!) O povo da redação também foi legal, embora eu não conheça a dinâmica de uma publicação semanal (sou pessoa de emoções intensas, trabalho com horário de fechamento "tipo, pra ontem?") Amei Viny. Amei muito o Viny. Amei odiar o Dante e amei amar o Dante quando ele fez por merecer. Da série “meu passado me
entrega” (também chamado de Carter Maguire e MacAllister Booke),
quem lê o Literatura de Mulherzinha sabe que adoro o tipo “nerd” e de óculos (afinal
de contas, eu uso óculos, adoro usar e detesto a solução fácil de “deixe de ser
patinho feio e vire cisne usando lentes de contato”). Por isso, por causa dos
encontros e desencontros da trama, eu me dividia entre ataque de corações enormes
piscantes e ambulantes e a vontade de usar de modo desenfreado o tacape do
Bambam para criar juízo em personagens teimosos.
- Gostei do livro, tanto quanto gostei do Procura-se um marido. Como disse lá no início, li em sete horas. Ou seja, só sosseguei quando terminei. Agora ele já foi devidamente confiscado para a pilha de #Madrehooligan. Os surtos e as inseguranças de Luna fizeram sentido para mim. Outra coisa que aqui faz sentido: a narração em primeira pessoa. Se é "No mundo da Luna", nada mais justo que acompanhar toda a trama conduzida pelo ponto de vista dela. No entanto, talvez, para um próximo livro, porque não um narrador em terceira pessoa, pra gente ter múltiplos pontos de vista para construir o quadro? E mesmo algo que me incomodou no Encontrada, o excesso de trapalhadas da protagonista, acabou não pesando aqui. Talvez
porque eu tenha simpatizado com ela porque gosto do nome, faço parte do grupo
que dá uma olhada no horóscopo só para ver qual a previsão absurda do dia (tem
astrólogo que detesta meu signo descaradamente, então eu ignoro) e que sabe que
astrologia é coisa séria para quem convive com isso, mas muitas vezes usa os
estereótipos relacionados aos 12 signos como forma de catalogar o mundo (inclusive
a mim mesma e alguns personagens dos livros que leio aqui no blog) e também
porque a autora atendeu a uma expectativa que eu tinha guardada lá no canto
esotérico da minha mente ao escolher o signo da protagonista à beira de um
ataque de nervos e também atendeu a outra que nem sabia que tinha, também nesta
linha de signos de personagens. Mas para entender - ou não - isso que falei, você vai ter que ler também e tirar suas conclusões.
- Links: Goodreads autora e links; site oficial e veja mais no Literatura de Mulherzinha.
Bacci!!!
Beta
Ora, eu adoro astrologia e amo horóscopo, principalmente após aprender - após muitos anos de ingenuidade - que tudo era muito além daquele retângulo miniatura de previsão de jornal. Eu menosprezava e sarreava esse assunto antes de descer de meu pedestal sobre ele. Eu fiquei interessada pela forma como essa personagem montou sua coluna esotérica, mesmo não acreditando e não apreciando seu tema.
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