Ciao!!!
Ministério
da Leitura adverte: este texto possui uma overdose de corações piscantes
foragidos de chilique de personagem de mangá XD
Julho me trouxe ótimas
surpresas. Uma delas foi ser convidada para ler dois livros da Editora nVersos. Um deles foi Animate me: amor criativo porque queria algo fofo e feliz.
E ganhei um livro com
diversas citações a desenhos e personagens que eu amo e um personagem
desesperadamente apaixonado em uma história descaradamente romântica.
Animate
me: Amor Criativo – Ruth Clampett – nVersos
(Animate me – 2013 –
Clampett Studio Collection)
Personagens: Brooke Tobin e
Nathan Evans
Nathan era um dos animadores
da República do Rabisco. E era verdadeira, louca e profundamente apaixonado
pela Brooke, do time dos executivos. Foi amor à primeira vista. A partir de um
encontro inesperado, tomou coragem para se fazer notar por ela. A atitude
desencadeou uma série de consequências, desde os que achavam que ele estava
puxando saco para ser promovido até um plano meio doido para ele conquistar a
garota. E só para ficar só um tiquinho mais complicado, a garota tinha um
“namorado”, o dono da empresa onde trabalhavam. Nathan teria que ser muito
criativo e menos tímido para mostrar para Brooke que ele era a melhor escolha para
ela ao final desta história.
Comentários:
- Parágrafo do chilique pelo
Nathan!
Que eu tenho uma quedinha
pelo tipo “patinho feio”, desajeitado e terrivelmente romântico, acho que vocês
já perceberam né? (Oi, Dr. Mac Booke!!! Oi, Carter Maguire!!!!! Oi, Cricket!!!!) Ainda mais quando o (a)
autor (a) tem a sacada de colocar um homem neste papel. Porque a maioria dos
livros atuais deste estilo investe em personagens femininas que passam por problema
de baixa autoestima, que não se enxergam como são e não se acham relevantes o
suficiente para merecer o amor daquele homem idealizado como perfeito em todos
os sentidos. Como se este problema fosse uma exclusividade feminina. Nops, não
é. É uma possibilidade humana.
Nathan é muito romântico,
daqueles livros indicados na aula de Literatura, de homens que tinham uma musa
inspiradora (no caso dele, literalmente: ele criou uma personagem – a Garota B - inspirada em como ele via/idealizava
física e mentalmente Brooke), daquelas que ficam no alto do pedestal da
perfeição e que, para ser conquistada, o homem precisa superar uma série de
adversidades, rivais e contratempos para ser digno dela. Literalmente, este é o
papel de Brooke na vida dele, desde que a viu discursando em um evento para os
demais funcionários da empresa. Ela é linda, carismática, eloquente, demonstrou
se importar e respeitar o trabalho dos animadores. Nathan se apaixonou.
Até que cansado de sofrer
por um amor (platônico) tão grande, ele decidiu superar a timidez, a falta de
traquejo social, de saber lidar e interagir com outras pessoas e a certeza de
que não era páreo para o chefão elegante, articulado e rico, e se aproximar
dela. E aproveitou da melhor forma um encontro aleatório no elevador para
começar a levar o café favorito de Brooke, com o presente de um desenho no
copo, que geralmente refletiam a forma como ele a via. Todo o santo dia, o café
chegava na mesma hora e com um desenho diferente (E você nem vai precisar
imaginar. O livro tem as ilustrações de Nathan, feitas pelo artista Juan Ortiz,
o que vai te deixar ainda mais apaixonada ou com um tantinho de inveja por não ter
quem faça copos de café personalizados para você).
A partir disso, as coisas
começam a acontecer. Brooke repara em Nathan e eles começam a ficar amigos. Daí,
ele elabora e pratica algumas estratégias malucas para conquistá-la, inclusive uma
que o irmão e os amigos dizem que não era tão boa assim. Há momentos de
desespero e de loucuras de amor, um tanto de stalker, algumas confusões de um
rapaz que só quer ser amado pela mulher que ama. E como a gente já comprou a
briga dele, só quer que ele tudo dê certo para que nosso protagonista seja
feliz seja amado como merece.
O fato é que a convivência
ajuda Nathan a finalmente se ver pelos olhos de outra pessoa e perceber que,
sim, ele tinha várias qualidades que nunca havia percebido em si mesmo (e mesmo
superar alguns traumas do primeiro – e único – namoro, quando se sentiu um fracasso
como amante). Sim, vai rolar uma linda redenção do “patinho feio”, mas graças a
Deus os óculos ficam (mesmo que de vez em quando usasse lentes para dar folgas).
Ele não vai perder a essência, mas vai aprender mais sobre ele mesmo, incluindo
as imperfeições. E ele teve a chance de ver a Brooke como ela realmente era –
uma mulher com defeitos, inseguranças e fragilidades, algo humano, real, bem
diferente da versão idealizada. O que o deixou maluco, frustrado, chateado,
magoado, arrasado em muitos momentos da trama, mas apaixonado do mesmo jeito.
Será fácil? Nops. Brooke não
sabe que ele está apaixonado por ela. Nem sonha que é inspiração para a
personagem que ele criou. Ela estava conformada em uma dinâmica de vida, em um
relacionamento que agradava. Estar com Nathan e perceber algumas atitudes dele
a fez questionar muitas coisas, especialmente se o que antes era confortável
agora não era conformador e não mais a satisfazia. Só que ter um relacionamento
com o chefe, um homem vaidoso que gostava de exibi-la mas nunca formalizava não
é a mais fácil das situações. Imagina romper isso. Sentiu que, como dizia a
cantora Kátia, “não está sendo fácil”.
Em meio as agruras,
descobertas, redescobertas, derrotas e vitórias da jornada de Nathan para
conquistar Brooke, vamos perceber a dinâmica e o afeto sincero com os amigos
(seria tãããão bom se todo mundo tivesse esse apoio em momentos de crise pessoal
e profissional), o respeito e carinho dos pais dele (aliás, o pai dele é uma
figuraça – a forma direta e lógica como aborda a vida consegue ajudar o filho
apaixonado em vários momentos).
E a autora aproveita todo o
histórico pessoal ao ter crescido no ambiente de animação, por ser filha de Bob
Clampett, um dos maiores animadores da história da Warner e que é citado no
livro ao lado de outros nomes da animação, tanto da Warner como da Disney.
Aliás, há várias citações desde as frases que abrem cada capítulo – todas saídas
de desenhos animados – até de cenas e personagens de livros, filmes e HQs que
causaram diferentes níveis de felicidade em mim. Ao perceber, fiquei imaginando
se ela citaria alguns personagens que eu amo e para minha surpresa eles
apareceram em menções pequenas ou descaradas (revistas que ele e os amigos
foram comprar, a personagem preferida da Brooke é uma das minhas favoritas e rola
uma fantasia de um personagem que sempre foi um amor na minha vida).
E só para deixar mais claro
ainda a overdose de felicidade após a leitura, farei algo que geralmente não faço,
então deem uma olhadinha no book trailer de Animate me – Amor Criativo:
-
Links: Goodreads livro e autora;
site da autora; Skoob.
Bacci!!!
Beta
ps.: Sim, vou ler este livro
de novo. E de novo. E de novo. E de novo. (Depois que ele sair da pilha de #Madrehooligan.
Ou durante se ela demorar muito para
devolver. Escorpiana no modo obsessivo amplia o lado possessivo e o apego atinge
escalas estratosféricas. Deu pra notar que gostei mesmo do Nathan, digo,
livro, né?)
ps.: A título de curiosidade: sabem aquela forma de animação onde a gente desenha várias vezes a mesma cena com pequenas diferenças e depois passa as folhas para ter a sensação do movimento? Façam isso com este livro e vejam o que acontece com o "Animate me" escrito na borda da página...
ps.: Aliás, o design do livro é tão bonitinho pela referência que faz ao trabalho de Nathan...
ps.: Vocês vão rever este
livro em pelo menos duas das listas de fim de ano. #prontofalei
ps.:
TRANSFORMEM ESTE LIVRO EM FILME E, PELAMORDEDEUS, CHAMEM O ANDREW GARFIELD PRA
SER O NATHAN!!! Já estou até imaginando as referências ao Homem-Aranha no
roteiro XD
Adorei a resenha!
ResponderExcluirO Nathan é uma fofura, mesmo. Eu quero um nerd para chamar de MEU, e claro sem esquecer de ter muitos copos do Starbucks com desenhos fofos só para mim.
Beta vc sabe q sou sua fã de carteirinha, né?
ResponderExcluirAdoreiiiiii o texto. É tão sua cara 💛
Eu já estava louca p ler o livro, agora ele pulou p frente na fila.
Bjksss
Rô
Ora, eu tenho uma queda por personagens masculinos versão patinho feio tímido traumatizado ! Essa ideia de amor platônico demonstrado através de copos personalizados foi muito romântica e singela a ponto de ser extraordinária ! Mas seria de esperar, pelo bem de ambos, que ele desmanchasse mesmo seu ideal pelo bem de uma mulher verdadeira. Eu senti minhas lembranças de anime voltando a cena também !
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