Ciao!!!
As águas
de março fechando o verão e entregando para as folhas do outono me trouxeram uma
delícia de livro, uma delícia de série! Que heroína maravilhosa e que herói
perfeito!
Foi
uma excelente companhia, com um final maligno!
Era uma vez no outono – Lisa Kleypas –
Editora Arqueiro (As quatro estações do amor 2-4)
(It
happened one Autumn – 2005 - Avon)
Personagens:
Lillian Bowman e Marcus Marsden, Lord Westcliff
Uma rica
herdeira americana à procura de um marido de sangue azul. Era assim que Lilian
era vista na esnobe sociedade inglesa. Ela estava disposta a conseguir um
casamento mesmo contra a opinião geral de que deveria se tornar como as outras
jovens casadouras. E um perfumista alegou que tinha uma fragância mágica que despertaria
o amor. Lorde Westcliff ficou com uma péssima impressão das Bowman, especialmente
da filha mais velha. Lillian conseguia irritá-lo e atraí-lo ao mesmo tempo. Ao ponto
de começar a fazê-lo pensar que a mais improvável das solteiras talvez pudesse
se tornar a mais perfeita condessa Westcliff.
Comentários:
- Depois
de um momento inesperado e constrangedor envolvendo figurino inusitado em
prática esportiva inesperada para damas, sempre que Lillian e Marcus se
encontram rola um caso de “falsa” antipatia à primeira vista, porque todo mundo
percebe como saem faíscas. Faíscas estilo Reveillon na Austrália. E, visando fechar negócios com a empresa do
pai das meninas Bowman, Marcus convidou toda a família para uma temporada na
imponente Stony Cross Park, junto com outros representantes da sociedade.
-
Lillian e Daisy viajaram para o período no campo com um segredo na bagagem, um
perfume que o dono da loja, impressionado com o olfato apurado de Lillian, ofereceu
a ela dizendo que tinha um ingrediente secreto que faria “a magia acontecer”. Por
isso, Stony Cross Park oferecia a chance de testar o efeito do perfume, além de
encontrar as amigas, Annabelle, agora casada e Evangeline, ainda sob as garras
dos parentes interesseiros.
- Acompanhamos
o delicioso confronto entre a americana inadequada que não hesita em chocar o
inglês nobre e certinho. Nas rasteiras que um levam e causam no outro. Lillian
é encantadora no jeito menos afetado de ser. Sem papas na língua, com
personalidade forte, inteligente, disposta a não deixar de ser quem é por causa
de convenções sociais que transformaram ela e as amigas nas “Flores Secas”, privilegiando
um perfil que apenas ri e se faz de tonta ou sonsa. A interação dela com Daisy é
ótima. As duas são cúmplices, são amigas, são confidentes, irmãs no melhor
sentido da palavra. A amizade que a uniu a Anabelle e à Evie, mesmo cada uma tão
diferente da outra. Claro que ela não é perfeita. Há momentos em que é
impulsiva e imatura demais. Mas se ela fosse perfeita, não teria graça.
- E
Lorde Marcus, futuro Conde Westcliff? Quem diria que o homem de perfil público
tão exigente, que parecia tão inflexível e nada simpático, se revelaria tão
fofo? Um homem que passou por uma criação nada afetiva, rigorosa e até cruel
conseguiu não se contaminar e se tornar a pior versão de si mesma como o pai
esperava. A relação dele com as irmãs - Aline (protagonista de uma prequel da série), Olívia e Lívia - comprova como Marcus tem um coração, sabe
ouvir e respeitar, é carinhoso e se preocupa com elas e, na qualidade de irmão mais
velho, as protege, mesmo as duas já casadas com os homens que amam.
Se ao menos ela fosse um pouco mais habilidosa, como Annabelle, poderia ter chance de lidar melhor com Marcus. Mas sempre fora franca e direta demais para possuir astúcia feminina. Ah, bem, pensou com ironia, cheguei até aqui sem nenhuma astúcia... acho que me sairei bem se apenas seguir em frente aos tropeções como tenho feito. (p.231)
- Claro
que uma americana nada convencional era demais para uma absorção imediata ao
primeiro impacto. Mas as diferenças se revelaram uma atração muito maior que as
impossibilidades ditadas por normas sociais ou expectativas de um futuro conde
de uma das famílias mais tradicionais e de linhagem nobre da Inglaterra. É divertido
acompanhar a forma atabalhoada, confusa como Marcus e Lillian lidam com a
paixão que surge entre eles e as consequências e complicações dos atos que vão
tomando. E lidando com os contratempos que surgem seja pelas personalidades
deles ou por interferência alheia. Imperfeitos à sua maneira, eles são
perfeitos um para o outro. E amei muito tudo isso!
- A
propósito, Marcus e Lillian são coadjuvantes especiais na série da família
Hathaway. Sim, aquela que preciso criar vergonha na cara e terminar de ler.
#Madrehooligan já leu, amou e volta e meia quase solta um spoiler...
Chegamos
à metade da série das Wallflowers/ As Encalhadas/ As Flores Secas. E depois do
final absolutamente maligno que a autora dá a esse livro – foi MUUUUUUUUUUUUUUUUITA
crueldade - só me resta exercitar a arte da paciência até o Inverno, quando vamos
descobrir o que o destino reservou a Evie, a mais tímida das Flores Secas.
As quatro
estações do amor (The Wallflowers)
- Links: Goodreads livro, autora e série; site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.
Bacci!!!
Seu blog foi indicado ao Prêmio Dardos. http://semeandoecantando.blogspot.com.br/2016/03/p-remiodardos-o-premio-dardos-uma.html
ResponderExcluirOutono é uma estação tão romântica quanto primavera, fazendo esta terra ficar maravilhosa ao ser semeada por seus tons amarelos, laranjas, marrons por toda parte ! Eu amei essa idéia de fazer um romance acontecer nessa estação ! Aliás eu amei essa idéia de fazer um romance acontecer enfatizando cada estação ! Essa heroína é muito sensata ao meu ver, enquanto esse herói mostrou-se muito charmoso para mim !!!
ResponderExcluirUma situação em que um herói sente-se atraído por uma heroína a um tempo em que ela irrita-o sobremaneira também foi e será um tema muito cativante para mim sempre por render momentos divertidos e engraçados a todo momento sem sobra de dúvida. Principalmente porque eu quero ver esse herói pagar muitos constrangimentos enfurecedores ao lidar com sua heroína e ter dificuldades, senão impossibilidades, em sobrepuja-la !!!