Ciao!!!
Recebi a recomendação da Rosana Gutierrez: “Você vai
adorar!”. Um livro que fala de protagonista em período de crise, usando uma metáfora de um fenômeno astrológico, é a dica do dia no Especial Brasil.
Ah, sim, eu adorei!
Ah, sim, eu adorei!
Quando Saturno voltar – Laura Conrado – Globo
Livros
(2015)
Personagens:
Déborah Zolini e o “retorno de Saturno”
Déborah
estava conformada em um emprego como assessora de comunicação de um time de
futebol da série B, em um noivado com o dr. Sérgio que andava entre morno e
frio. Durante uma viagem ao Chile, foi alertada sobre o que ainda estava por
vir, as influências do retorno de Saturno no mapa astral trariam muitas
mudanças, “riso e choro”. E realmente, desde a volta da viagem, as certezas que
a conformavam começaram a ser demolidas.
Comentários:
- O “retorno de Saturno”
é uma referência à volta do planeta ao ponto onde estava quando você nasceu. É o
tempo da trajetória dele em torno do sol, entre 28 e 30 anos. Dizem que é um
período de mudanças, de estabelecer planos e compromissos a longo prazo.
- No caso de Déborah, pouco
antes do aniversário de 29 anos, ela se via presa em um emprego que não pagava
bem, a sobrecarregava com várias funções fora do que deveria fazer, estava em
um relacionamento morninho morninho com o Sérgio, que estava quase virando um
relacionamento à distância. A família era a mesma confusão de sempre. Até que
ela conheceu Henrique na volta de uma viagem a trabalho ao Chile e começou a
questionar o que sentia pelo namorado.
- Por Saturno, pela vida,
pelo ponto a que chegam as insatisfações pessoais, o mundo em que Déborah se
deixava conformar começa a ruir. Coisas ruins começam a se revelar,
oportunidades que ela nunca pensou explorar surgem. Deborah precisa perder o
medo para se jogar e ver o que pode render o retorno do planeta do Senhor do Tempo.
- Com uma linguagem bem
leve, a trama flui. Temos uma heroína diante do questionamento trazido pela “
crise dos 30” (como dizem os psicólogos): o que houve com os meus sonhos, por
que ainda não os realizei, será que consigo realizá-los, será que não é hora de
buscar novos horizontes? Por que a gente se conforma com um relacionamento que
não parece tão bom só pra não ficar sozinha? Será que a gente precisa do olhar
de outro para se sentir bem? Por que é tão difícil se sentir bem consigo mesma?
- E claro, o fato de ela trabalhar em um time de futebol (com o subtexto do machismo automático enfrentado por ser um elemento feminino neste universo), de ser uma jornalista explorada por patrões abusados (ah, esse povo que acha que o serviço pode ser um favorzinho, um quebra-galho que não precisa ser remunerado porque "é fácil e qualquer um faz) claro que aumenta as possibilidades de identificação. E no meu caso, o fato do futebol ser um elemento tão presente na vida dela, torcedora fanática de um time mineiro que disputou e venceu a Libertadores (o livro não fala, mas eu acho que é o Atlético), também ajudou a entender os sofrimentos, angústias e forma de Déborah de ver a vida.
- Embora o amor seja um dos fios condutores, não é o palanque da redenção da
heroína. Ela precisa aprender a amar si mesma, com todos os prós e contras e
apesar dos pesares. Precisa aprender a se libertar dos laços que a prendem e a
impedem de ser plenamente ela, em todo o seu potencial. Não busca o amor
romântico, mas o amor real, com seus encontros, desencontros e outras jornadas
no meio-tempo. Ou seja, diverte, dialoga com a gente e inspira. Vira uma boa
dica de leitura, né?
Ah, sabia que o “retorno de Saturno”
inspirou até música dos Detonautas? Descobri na pesquisa:
-
Links: Goodreads livro e autora;
site da autora;
autora falando sobre o livro;
Skoob.
Bacci!!!
Beta
Oie
ResponderExcluirSabia que vc ia gostar.
Muito gostoso de ler. Essa autora é muito boa.
Bjs
Oiii
ResponderExcluirEu não sabia sobre esse livro, achei bem interessante, a temática o assunto, deve ter sido uma leitura adorável, uma da qual eu adoraria ter, irei colocar na lista, parabéns, fiquei curiosa com o desenvolver.
Beijos
Olá!
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, mas curti a premissa. Adoro futebol e sou uma quase jornalista, então com certeza vou me identificar com essa história.
Oiii!!
ResponderExcluirEu já ouvi falar sobre esse livro mais ainda não tinha lido. Na verdade não me lembro de resenha sobre ele e gostei das suas considerações. Legal ser inspriado em uma música do detonaltas.
Quero ler!
Beijinhos
Olá, que excelente dica, eu super amo livros que nos fazem pensar muito e rever nosso pensamentos e conceitos. A famosa crise dos 30 que nos pensar se estamos no camimho certo, com o cara certo e tal, não conhecia mas me interessou muito, sua premissa ficou instigante, a dica está anotada e pretendo conferir em breve. Bjs
ResponderExcluirConfesso que não conhecia esse livro e até tenho imensa curiosidade, me tiraria da zona de conforto e com isso me atraiu bastante!
ResponderExcluirAbraços
Oie
ResponderExcluirjá li o livro assim que lançou e foi uma leitura bem tranquila e rapida, porem, esperava mais da autora, mesmo assim pretendo dar mais uma chance
Beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Ah, senhor, eu não tive crise de trinta anos. Foi mais uma insatisfação em pílulas contra tudo o que eu tinha sentido e vivido em meus trinta anos (eu sequer sentia-me com trinta anos e não sinto-me com trinta anos agora, quando tenho mais uma quinzena de aninhos a somar). Saturno, ou Tempo, é um pestinha que devora e esconde tudo o que existir, o que poderia ser cruel às vezes - e é ! - mas é balsâmico também !
ResponderExcluir