Ciao!!!!
Diálogo
recente com #MadreHooligan
“Você
ainda não acabou de ler?”
“Estou
lendo de novo.”
“De
novo?”
“Na
verdade, é a terceira vez”
“Uai?”
“Não
consigo largar!!!!”
#SimSouDessas
Cadu e Mari – A.C. Meyer – Galera Record
(2017)
Personagens:
Carlos Eduardo Moraes/Cadu e Mariana Costa/Mari
Mariana era a
supercompetente assistente de Carlos Eduardo, o jovem diretor da bem sucedida
revista de moda “Be”. Embora ela o achasse extremamente lindo e atraente, ele
nunca a percebera de uma forma diferente, até um dia que poderia ser igual a
todos os outros. O olhar dele mudou. O interesse apareceu. No entanto, havia
muito em jogo – muito além do que ambos sabiam – e arriscar poderia render mais
que um coração partido. Será que esta atração poderia se tornar algo mais
forte, capaz de suportar e sobreviver a tudo que viria pela frente?
Comentários:
- Antes de mais nada: sim, é
clichê! Afinal de contas, todas as histórias de amor já foram escritas, não
dizem isso? Mas ele combina seus elementos de forma deliciosa e agradável, criando
um livro daqueles que você lê em um dia friozinho, com um chocolate quente e,
se fosse mangá, terminaria soterrada por coraçõezinhos vibrantes e alegres. Eu
já conhecia a escrita da autora porque li toda a série After Dark, que foi
descoberta por #MadreHooligan nas visitas às livrarias. Por meio dos altos e
baixos dos personagens, a trama celebra o amor entre duas pessoas normais, com
defeitos, virtudes, inseguranças e dificuldades.
- Os
dois personagens transitam entre as personas “públicas” (Carlos Eduardo Moraes
e Mariana Costa) e “privada” (Cadu e Mari). As encrencas ocorrem quando as duas
esferas se misturam – até porque era muito difícil dissociar e agir como se
cada coisa ficasse em uma caixinha a ser acionada conforme a necessidade. Um
exemplo pessoal: na época em que estava no Mestrado, meu “eu acadêmico” engoliu
todos os outros a tal ponto de parentes e amigos reclamarem que não me viam
mais porque quando eu não estava no trabalho, estava na Faculdade ou estudando
em casa. Pense em todos os papeis sociais que você representa e como parece
missão impossível equilibrar tudo sem colocar a sanidade em risco.
- Carlos
Eduardo nunca havia percebido Mariana além da assistente supercompetente. Até o
dia em que este olhar mudou. Mari nunca escondeu de Lalá, a melhor amiga, que
achava o chefe lindo e maravilhoso, mas considerava suicídio profissional sair
do plano das ideias para a prática. E ela gostava do emprego, apesar dos
pesares – leiam-se: algumas criaturas que pensavam que para trabalhar em uma
revista de moda você precisa ser uma genérica da Gisele Bündchen e não uma
pessoa com corpo e medidas normais (ou seja, a maior parte da humanidade porque
Gisele, amor, só tem uma. A gêmea dela tem beleza própria) e algumas criaturas
que se acham superiores – por alguma razão idiota que só foi comunicada a eles –
que todos aqueles a quem não consideram dignos da mesma relevância. Sim, sem
comentários, né?
- Cadu
não é príncipe da Disney porque erra (gente como a gente), mas provavelmente
você vai querer um Cadu na sua vida, no profissional, no pessoal, na rua, na
chuva, na fazenda, na casinha de sapê. Eu poderia enumerar alegre e d-e-t-a-l-h-a-d-a-m-e-n-t-e
porque seria uma excelente ideia pleitear um Cadu para Santo Antônio, só que seria
uma overdose de spoilers. Então até vocês lerem o livro, confiem em mim quando
digo: muitas adoraríamos – algumas até desesperadamente – amar e ser amada por um
Cadu.
“Acompanho a banda, mas uma sensação estranha se apodera de mim. É uma vibração, como se algo estivesse me chamando, mas não sei o que é. Olho ao redor e não vejo nada, mas sinto um frio na barriga e um arrepio na nuca. Se eu tivesse bebido alguma coisa, poderia dizer que a bebida estava batizada, mas não havíamos consumido nada. E então meu olhar cruza com um par de olhos castanhos sedutores. Vejo uma vozinha incrível aparecer, deixando minhas pernas bambas.
O que a gente faz quando vai para a balada e encontra o chefe gato encarando como se você fosse um grande sorvete?”
- E
de certa forma, todas somos Mari. Queremos nos estabelecer no trabalho. Queremos ser respeitadas como profissionais. Queremos
nos divertir com as amigas. Tivemos a cota de relacionamentos que não deram certo. Mari deveria ter recebido o conselho que recebi no
meu primeiro emprego, justamente quando alguém quis se impor porque – oh céus –
eu sou mulher: “Se você não gritar de volta, vão se achar no direito de gritar
contigo de graça”. (Não deveriam ter dito isso pra uma serumaninha de Escorpião
porque óbvio que eu gritei de volta.) E o tempo me ensinou a saber que hora
compensa esbravejar e que hora é melhor simplesmente observar a irrelevância de ver uma criatura ofensora/ofensiva que quer fazer os outros infelizes para
se sentir bem. E quando não encontra alvo, é obrigada a engolir a própria insignificância.
- Para
completar, um encontro não combinado no informal e descontraído ambiente de um
bar e pronto: a atração ganhou força. Entre idas e vindas, recuos, dúvidas, os
dois se aproximam, se afastam, mas o que antes não havia, agora está ali,
pairando e complicando. E quando tudo parece que vai acertar, um PROBLEMÃO pode
colocar tudo a perder – tudo mesmo, carreira e profissão. E nós acompanhamos
toda a jornada pelo ponto de vista dos dois protagonistas, em capítulos
alternados. Geralmente gosto quando temos esta opção de entender o que motiva
as atitudes – boas ou ruins – de cada um.
-
Temos romance (muito romance, daqueles que você fica entre o “Ahhhhhh”, “Awwwwwww”
e o “QUERO! ME DÁ! CADÊ?!”), angústia, amizade à toda prova, traições,
desconfianças. Basicamente coisas que podem ocorrer na vida de todo mundo
(talvez de forma mais realista), inclusive na sua. Uma relação que ainda não se
firmou sofrendo um baque. Trabalhar com pessoas cretinas. Sofrer uma rasteira
no trabalho. Pagar por algo que não fez. Aturar assédio sexual e moral. Nossos
lindos protagonistas também cometem um erro básico que amplia a confusão da
relação deles – não vou dizer qual é, mas se você já estiver no mercado de trabalho,
vai perceber rapidinho o potencial campo minado que os dois montam em torno de
si mesmos sem perceber.
- E
tudo isso nas paisagens do Rio de Janeiro. Sempre tão familiar para mim (aliás,
faz tempo que não visito a cidade. Espero poder voltar lá), porque estive em
alguns dos cenários citados. No entanto, temos outros cenários e inclusive uma
menção à Juiz de Fora! Além disso, outras referências que tornaram a minha
experiência mais próxima e agradável foram à Audrey Hepburn (pausa
para as reverências a quem era bonita e elegante no melhor sentido da palavra)
e a O Pequeno Príncipe (ah, vocês já sabem que sou um caso perdido com este
livro, né?). Acho que faltaram apenas ruivos, Tom Hiddleston, Harry Potter e
músicas italianas para eu entrar no modo “para tudo que este livro é pra mim!!!”...
Porque até o mais difícil tem: uma personagem chamada Roberta. A probabilidade
é mínima, gente! Tanto que todos que encontrei – protagonista, coadjuvantes e
menções aleatórias – estão nesta tag do blog.
- Não
vou dar outros detalhes, mas vocês vão descobrir de cara que é um livro muito
musical, com direito a trilha no Spotify (sinceramente, só senti falta do Tiago Iorc, mas foi porque ele estava tocando
em loop no meu computador/celular até a trilha sonora de A Bela e a Fera se oferecer gentilmente para revezar com ele).
- A
capa é delicada e romântica, eu fiquei apaixonada por ela desde que vi a imagem
e mais ainda quando vi de perto (e fiz todo aquele ritual que vocês podem imaginar
quando chega um livro que você quer muito: incluindo a cara de assustado do
entregador – fui sutil como um elefante bravo numa loja de cristais pra pegar a
encomenda –, a briga pra abrir o pacote e o chilique necessário de sempre
quando, finalmente, estava com o livro nas minhas mãos). E traz bem o clima da
história: uma história de amor, sim, senhor (a), que nos deixa tão encantados
que fica difícil fechar o livro.
- Ou
no meu singelo caso, passar para #MadreHooligan. Ou vocês acham que aquele
diálogo que abriu o texto foi casual e aleatório? Ela quer ler o livro! E está
meio indignada por eu ter demorado para desapegar, mesmo com a leitura seguinte já
em andamento. Uai, gente, não tenho culpa se deu vontade de ler novamente aquela cena. Ou aquela outra. Ah, e aquele
detalhe fundamental na virada da trama. E também o final. Ah, o final!!! Poxa,
o mundo anda tão difícil, pra que ficar aguando bons sentimentos? Não se
preocupem, ele vai para a mesa dela assim que eu terminar este texto. Mas se ela
não pegar para ler logo, não me responsabilizo se tiver súbita vontade de fazer
releituras parcial ou total. Fazer o quê? Eu gostei, uai!
-
Links: Goodreads livro, autora; site da autora; entrevista da autora ao LdM; site da editora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.
Bacci!!!
Beta
Oi, Beta!
ResponderExcluirMuita empolgação com esse livro! Fiquei com receio de ler a resenha toda e encontrar spoiler. rsrs...
Pelo que vi, aprece um romance doce e clichê, mas que funciona muito bem. Ah! A capa é até bonita, mas eu a acha um pouco esquisita. :P
E larga esse livro para o empréstimo! rsrs...
Obrigada pela dica!
Beijão!
http://www.lagarota.com.br/
http://www.asmeninasqueleemlivros.com/
Aiiiii que demais, menina eu tenho tanta vontade de ler esse livrinho que você nem imagina, fico muito contente de encontrar a resenha logo em seu blog que admiro muito e acompanho, só conseguiu me fazer ficar com vontade de comprar.
ResponderExcluirBeijinhos
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirEu acho essa capa mega fofa, mas tenho um sério problema com a escrita da autora.
Li a série "After Dark" e não gostei nada.
Espero que a autora tenha amadurecido a sua escrita.
Adorei a sua resenha.
Um beijo.
Oi Beta!
ResponderExcluirSua resenha está muito atrativa!
Sigo a autora no Instagram e alguns dos parceiros dela, então tenho visto uma super divulgação do livro.
O clichê é básico da vida de romances, haha, mas o que importa é o que tem de singularidades na história para fazer a diferença.
Acho que o livro pode ter algumas que sejam encantadoras! Acho que vou dar um chance em breve para o casal :)
Bj
Oiee Beta ^^
ResponderExcluirParece ser mesmo bem clichê, e, como eu estou tentando fugir de livros assim no momento, por mais fofos e apaixonantes que possam ser, acho que não o leria por ora. Mas quero muito lê-lo um dia, principalmente porque conheci a escrita da autora na outra série dela e gostei.
MilkMilks ♥
Uau! Você realmente gostou da história, hein?! E nem foi pelo fato de ter lido umas três vezes, e sim, porque sua resenha está tão empolgada, que quase da para sentir o mesmo que você haha. Achei essa capa um amor! Já li um outro livro da autora e sei que a escrita dela é muito gostosinha. Adoro um clichê quando bem desenvolvido, estou bem curiosa para descobrir o que Meyer reservou para esse livro.
ResponderExcluirOie!
ResponderExcluirAhhh eu ainda não li o livro, mas comprei o livro naquela promo da Saraiva, que já está na hora de sair outro kkkk eu já li outros livros da autora, e adoro a narrativa. Com certeza vou ler esse livro.
bjks!
Histórias sem Fim
Oi, Beta
ResponderExcluirQue linda resenha. Adorei saber que gostou. Não me importo com tramas clichês, desde que a autora tenha desenvolvido bem. Já li um livro da autora e gostei. Ela gosta de colocar músicas, né?
Com tanta empolgação com o livro, só me resta ficar mais curiosa.
Blog Livros, vamos devorá-los
Olá.
ResponderExcluirLinda resenha, parabéns.
Genteee faz tanto tempo que não leio livros assim, desses romances bem romances que nós faz suspirar e mexe com vários sentimentos, assim mesmo com traições, angustia e tal.
A premissa do livro me agradou muito, não tive ainda contato com a escrita da autora que é extremamente elogiada, acho que esse é um livro que eu curtiria.
Amei
Hey Dear!
ResponderExcluirEstou louca para ler esse livro, quero ele para ontem!
Gostei de conhecer suas impressões, óbvio, e fiquei mega contente por você ter gostado da leitura. Mesmo ela sendo clichê, tem partes bastante interessantes que anulam essa parte.
Dica anotadíssima.
Beijos
Oiee, acho essa capa tão linda! só ouço elogios a este livro e não vejo a hora de ter o meu também! parabéns pela resenha ficou linda!
ResponderExcluirhttp://www.leituraentreamigas.com.br
Oi Beta,
ResponderExcluirSimplesmente amei a sua resenha! Me senti conversando pessoalmente com uma amiga que gostou muuuito de um livro e quer me recomendar a leitura. Acho que esse é o espírito divertido e descontraído de resenhas que quero ler mais.
O livro em si, por ser bem clichê não me chamou muita atenção. Não sou muito fã de romances e clichês ainda por cima eu fujo mesmo. Mesmo assim adorei a resenha e irei indicar o blog a amigas que gostam.
Beijos
Blog Relicário de Papel
Olá, tudo bem? Confesso que estou em dividida de ler algo da autora pois só vejo elogios rasgados para as histórias dela. Jura que tem trilha sonora e musical? ADORO histórias e livros assim, isso só me deixa mais motivada ainda para ler. Adorei a resenha, muito bem escrita e você me convenceu. Dica anotada!
ResponderExcluirBeijos,
diariasleituras.blogspot.com.br
Oi! Esse livro parece ser muito fofo, só vi elogios para ele até agora. Adorei a sua resenha. Espero ter a oportunidade de conferir.
ResponderExcluirbjs
Esse romance tem jeito de ser uma graça fenomenal de tão simples a um tempo. São histórias simples, seguindo um ritmo vivaz, que costumam ser histórias melhores. Esse romance tem tudo de que precisa para ser uma graça de história. Eu amei essa capa também, tão linda e tão simples, posta de uma maneira tão delicada e tão eloquente. Será uma leitura muito prazerosa de ser feita sem qualquer sombra de dúvida !!!
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