Ciao!
O que Roberta entende de tênis?
Nada além de diferenciar game de
ponto.
E estou tentando aprender, mas ainda não sei os nomes de jogadas e mais intuo que sei
o que ocorre na quadra. (Embora tem jogada que até eu, obviamente leiga – afinal nenhum adulto responsável colocaria uma raquete na mão de alguém com DNA panda bolinha de pinball e esperaria uma rebatida – sei que foi algo fenomenal: como essa aqui no Aberto dos Estados Unidos).
Imagina se eu iria perder a chance de ler um livro que fala
ao mesmo tempo de dois amores meus, de #MadreHooligan e do Literatura de
Mulherzinha...
E já que eles estreiam no Aberto da Austrália, que é o primeiro Grand Slam do ano, nada mais justo que este livro aparecer hoje por aqui :)
E já que eles estreiam no Aberto da Austrália, que é o primeiro Grand Slam do ano, nada mais justo que este livro aparecer hoje por aqui :)
*** Texto originalmente escrito pro Livrólogos, que a Rosana gentilmente permitiu que fosse publicado no Literatura de Mulherzinha. Obrigada, Rô! ***
Nadal & Federer: a
história da rivalidade mais importante do tênis – Antonio Arenas e Rafael Plaza
– Planeta
(2018)
Personagens: Rafael Nadal, Roger Federer e o tênis.
Minha
impressão inicial: amei a foto da capa. Não me lembrava de qual competição
tinha sido - foi na LaverCup de 2017, mas podem ficar tranquilos que será assunto no livro.
Ao ver que os autores são espanhóis, pensei que eles puxariam
a sardinha para o lado do Nadal, mas graças a Deus eles perceberam a história
que tinham em mãos e não estragaram.
Eu li a biografia do Roger Federer e a autobiografia do Rafael Nadal. Por
causa disso, já sabia do perfil e da ética de trabalho de cada um – e é por
isso que gosto de ambos. De formas diferentes, eles nos mostram que não basta
talento, precisamos trabalhar, esforçar e aperfeiçoar. Todo dia. Todo santo
dia. Nada cai do céu, nem pra eles.
O
ponto de partida é a temporada de 2016, quando os dois se encontraram para um
evento na Academia do Rafael Nadal em Manacor, Mallorca (acho tão lindo em Espanhol
que não consigo escrever a palavra aportuguesada, desculpa).
Na época, a temporada de ambos estava comprometida por lesões e já havia gente dando a carreira deles por encerrada. Embora também havia quem tinha certeza que os dois eram capazes de tudo.
Na época, a temporada de ambos estava comprometida por lesões e já havia gente dando a carreira deles por encerrada. Embora também havia quem tinha certeza que os dois eram capazes de tudo.
E o
que aconteceu? Tiveram uma temporada fabulosa e voltaram a disputar a liderança
do ranking (não estou dando spoiler aos desavisados, isso é informação da
sinopse, ok?). Várias vezes as pessoas se perguntavam nas redes sociais e nos
comentários se não tinham entrado no túnel do tempo e voltado há 10 anos. O
livro discorre sobre os jogos mais importantes, a rivalidade sadia – apenas dentro
de quadra e durante os jogos – entre os dois, as formas como tentam preservar a
vida pessoal enquanto se conduzem profissionalmente entre os melhores
esportistas do mundo (independente de modalidade).
![]() |
Eu disse que gostei da foto, né? |
Os
autores acompanham o circuito do tênis, creio eu que tiveram boas fontes para narrar
alguns dos detalhes do livro, então é uma leitura que vale a pena pra quem
gosta e entende de tênis, para quem gosta mas não entende muito (meu caso) e
até pra quem não sabe nada mas quer saber sobre os dois atletas.
O incrível é perceber como eles dão importância aos mesmos jogos e a forma como cada um encarou a vitória ou a derrota para o adversário (se serve de referência, eu chorei no Aberto da Austrália de 2009).
O incrível é perceber como eles dão importância aos mesmos jogos e a forma como cada um encarou a vitória ou a derrota para o adversário (se serve de referência, eu chorei no Aberto da Austrália de 2009).
Gente,
dá pra se inspirar bastante na forma como Nadal e Federer encaram a vida e o
trabalho e adaptar para as nossas rotinas. Ok, segundo os narradores, o Nadal é
muito obsessivo, competitivo – mas tem uma concentração mental que eu juro que
queria alcançar (mérito do treinamento do Tio Toni, que me chamou a atenção na autobiografia dele).
Não acredito até agora que Carlos Moyá conseguiu mudar hábitos alimentares do
Nadal.
E quem vê o Federer agora pode nem imaginar que ele tinha o gênio estourado e impulsivo e o quanto modificou a forma como agia e reagia às situações que o desagradavam.
E quem vê o Federer agora pode nem imaginar que ele tinha o gênio estourado e impulsivo e o quanto modificou a forma como agia e reagia às situações que o desagradavam.
O mais
legal é como um respeita o outro – eu já acompanhei ou li sobre rivalidades esportivas
doentias e até trágicas.
Então ver os dois agindo com “o que acontece na quadra, fica na quadra” é um
exemplo da verdadeira definição de melhor: é saber os limites, superá-los
quando possível, lidar com os sacrifícios e decisões necessárias e respeitar os
outros – além de usá-los como incentivo para se aperfeiçoar.
Ah, não
me peça pra escolher um deles, porque não consigo (#MadreHooligan prefere Federer,
mas também gosta do Nadal. Ao contrário de mim, ela não vai com a cara do
Djokovic. E nós duas gostamos do Juan Martin del Potro). Quando os dois se
enfrentam, eu assisto e tento aprender o máximo possível.
-
Links: Site da editora no Brasil e na Espanha; Skoob;
matéria sobre o livro no 20 minutos (em Espanhol) e sobre Rafa e Roger estarem dominando o circuito em 2018.
Bacci!!!
Beta
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