Ciao!
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“Você é a única pessoa a quem
eu confiaria meu precioso café, Jo
tinha escrito. Sei que
pode fazer isso”
Ainda bem que passei da fase de ter suspeitar que há
algum motivo para escolher um ou outro livro. Agora tenho certeza de que
algumas leituras – como O Café da Praia – não tinham como não aparecerem na
minha vida.
O Café da Praia – Lucy Diamond – Editora Arqueiro
(Romances de Hoje)
(The Beach Café - 2011)
Personagens: Evie Flynn e o Café da Praia
Evie se sentia perdida – sensação ampliada pelo
sucesso das irmãs e a pressão dos pais – porque não ainda não tinha um rumo. Então
uma tragédia: a tia favorita, Jo, morreu após um acidente de carro. E deixou
para ela o comando do Café na Praia de Carrawen Bay, na Cornualha. Entre idas e
vindas, Evie acaba descobrindo que a herança poderia ser o destino que poderia
fazê-la finalmente se sentir plena na vida.
Comentários:
“Senti como se algo dentro de mim tivesse morrido junto com a tia Jo, como se uma parte importante e imensa da minha vida tivesse sido apagada como a chama de uma vela”.
- Uma constante dos livros da série “Romances de
Hoje” da Arqueiro é mostrar que todos podemos encontrar novas formas de ressignificar
a vida após um baque, uma perda doída. Neste caso, Evie perdeu a tia favorita,
a única pessoa que conseguia compreender as angústias de alguém que ainda não
havia se encontrado – e por tabela, parecia não atender aos preceitos de uma
vida bem-sucedida.
- E como Jo explicou numa carta deixada junto com o
testamento, ela reconheceu na sobrinha os mesmos sentimentos sobre o Café na Praia
e viver em uma cidade na Cornualha. Por isso, nenhuma outra pessoa seria mais
indicada para manter o sonho que ela realizou.
- No entanto, até se sentir capaz (ou pelo menos com
um pouco mais de coragem) para assumir a herança, Evie irá hesitar. O motivo? A
pressão social que a fez ter uma imagem de si própria não muito boa e o desejo
de ser reconhecida e amada, que a faria capaz de abraçar as expectativas
alheias sobre si mesma e não lutar para encontrar as próprias.
“Eu era a esquisitona, o fracasso, aquela de quem todo mundo falava pelas costas, tentando não parecer alegres demais quando discutiam a minhas falhas. Ai, minha nossa, o que vai ser da nossa Evie? Eu me preocupo com ela, vocês sabem”.
- A gente acompanha o empoderamento de Evie, no
sentido de ela mesma descobrir os próprios sentimentos e como lidar com eles. Ela
sempre delegou este “poder” às opiniões alheias, seja a dos pais, as formas
como se sentia inferior às irmãs ou como se conformou com um projeto de vida
que agradaria ao namorado certinho e organizado. E todos eles colocaram em
dúvida, sem piscar, a capacidade dela de tocar o empreendimento deixado pela
tia.
- A herança se torna o divisor de águas. Evie sabe
que sempre se sentiu em casa no Café da Praia e sente que vendê-lo seria uma forma
de desapontar a tia. No entanto, nada será fácil. Ela precisará de muita
persistência e resiliência diante dos problemas que vão surgir. Muita coragem
para não desanimar diante do medo e da insegurança trazida pelo fantasma “será
que tomei a decisão certa?”.
“[...] e, pela primeira vez em séculos, eu tinha um sonho”.
- É justamente isso que nos aproxima de Evie – ela é
uma protagonista cheia de falhas e medos, como qualquer uma de nós diante de um
momento complicado ou difícil da vida. A gente passa tanto tempo se adaptando
às expectativas sobre nós – seja da família, de relacionamentos, de amigos, sociedade
– que paramos de nos enxergar e nos permitir sentir de forma autônoma.
- O Café da Praia permite essa redescoberta à Evie. E
não só isso. Interfere em várias outras vidas, na rotina da comunidade de Carrawen
Bay, nos desafetos e afetos que ela estabelece, na sororidade com outras garotas
de várias faixas etárias que também precisam de um novo rumo, um novo desafio.
- Basicamente é sobre isso: o que fazer com a vida
quando a gente descobre a forma de realizar um sonho. O que nos faz dar sentido
à nossa existência, disposto a nos deixar orgulhosos de si mesmos e sem aquela
dependência exagerada pela aprovação dos outros. E como podemos causar impactos
na vida dos outros – temos vários exemplos ruins e bons disso no livro, de
pequenos, médios e grandes gestos que afundam ou erguem as pessoas ao nosso entorno.
- É fofo, é gracioso, é terno, dói, diverte, nos
inspira a sonhar com os pés no chão para transformá-los em realidade. Eu estou
adorando as mensagens que estes livros deixam para mim: sobre coragem, sobre
insistência, sobre cair e levantar e sobre seguir em frente agindo para
conseguir dias melhores.
“Em um minuto, Hugh Grant vai entrar em cena e o Richard Curtis vai entrar em cena e o Richard Curtis vai gritar ‘Corta!” e...”
Antes de encerrar, precisava celebrar a referência aos
filmes que eu adoro. Deu vontade de assistir de novo a Simplesmente Amor assim que li esta frase.
Ah e melhor que um livro é saber que tem mais livros
da mesma autora no universo do Café na Praia.
(ARQUEIRO, QUEREMOS! VOCÊS NÃO TERIAM CORAGEM DE NEGAR ALGO PRO BABY YODA, NÉ?)
The Beach Café
The Beach Café – O café da praia
Christmas at the Beach Café
Christmas gifts at the Beach Café
A baby at The Beach Café
- Links:
Goodreads livro,
série e autora;
site da autora;
Amazon;
mais dela no Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!
Beta
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